Penicilina: o que é, para que serve, tipos e efeitos colaterais

Handreza Hayran
9 Minutos de Leitura
penicilina

A penicilina é um antibiótico que teve um impacto significativo na medicina moderna desde sua descoberta em 1928 por Alexander Fleming.

Essa descoberta foi um marco importante no tratamento de doenças infecciosas, pois permitiu o desenvolvimento de medicamentos capazes de combater uma ampla variedade de bactérias.

A penicilina é utilizada no tratamento de infecções bacterianas como pneumonia, meningite, infecções de pele e garganta, entre outras.

Ao longo das últimas décadas, a penicilina passou por várias mudanças e aprimoramentos, o que possibilitou o surgimento de diferentes tipos de antibióticos derivados dela.

Apesar disso, a penicilina continua sendo um medicamento de grande importância no combate a infecções bacterianas em todo o mundo.

O que é a penicilina?

A penicilina é um tipo de antibiótico que é capaz de combater uma grande variedade de bactérias.

História da descoberta da penicilina

Ela foi descoberta em 1928 pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming, que trabalhava no Laboratório de Inoculação do Hospital St. Mary, em Londres.

A descoberta da penicilina ocorreu de forma acidental, quando Fleming estava pesquisando a bactéria Staphylococcus aureus. Ele percebeu que havia deixado uma placa de petri contendo a bactéria exposta ao ar por vários dias, e que perto dela havia crescido uma espécie de mofo.

Ao observar com mais atenção, ele notou que o mofo estava produzindo uma substância que inibia o crescimento das bactérias na placa de petri.

Fleming percebeu que essa substância poderia ter propriedades antibacterianas, e passou a estudá-la com mais detalhes.

Ele identificou que se tratava do fungo Penicillium notatum, que produzia uma substância chamada ácido penicílico.

Após alguns experimentos, Fleming constatou que o ácido penicílico era capaz de matar várias bactérias, incluindo a Staphylococcus aureus, responsável por infecções graves na época.

A descoberta da penicilina foi um marco importante na história da medicina, pois possibilitou o desenvolvimento de medicamentos capazes de combater doenças infecciosas causadas por bactérias.

Desde então, a penicilina passou por diversas transformações e aprimoramentos, tornando-se um dos medicamentos mais utilizados e importantes na luta contra infecções bacterianas em todo o mundo.

Como a penicilina funciona?

A penicilina é um antibiótico que age matando bactérias ou impedindo que elas se multipliquem.

Ela atua interferindo na formação da parede celular das bactérias, o que faz com que elas sejam incapazes de se reproduzir e se mantenham vulneráveis à ação do sistema imunológico.

A parede celular é uma estrutura importante para as bactérias, pois é responsável por manter sua forma e protegê-las contra o ambiente externo. A penicilina age inibindo a ação de uma enzima chamada transpeptidase, que é fundamental para a formação da parede celular bacteriana.

Sem a ação dessa enzima, as bactérias não conseguem produzir uma parede celular adequada, o que resulta em sua morte.

É importante ressaltar que a penicilina é eficaz apenas contra bactérias, e não contra vírus ou outros microorganismos que possam causar doenças.

Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos, incluindo a penicilina, pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, o que dificulta o tratamento de infecções no futuro.

Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e utilizar a penicilina apenas quando indicado por um profissional capacitado.

Tipos de penicilina

A penicilina é um antibiótico que possui diferentes tipos e variações, sendo cada um deles indicado para tratar diferentes tipos de infecções bacterianas.

Esses diferentes tipos de penicilina podem variar em sua composição química, na forma de administração e em sua eficácia contra diferentes bactérias. O uso de cada tipo de penicilina deve ser cuidadosamente avaliado pelo médico, levando em consideração o tipo de infecção e as características do paciente.

Nesta perspectiva, é importante compreender as diferentes variações da penicilina e como elas funcionam para um uso adequado e seguro.

Penicilina G

A penicilina G é um dos tipos mais antigos de penicilina e é considerada um antibiótico de amplo espectro, ou seja, capaz de combater uma ampla variedade de bactérias.

Ela é utilizada no tratamento de diversas infecções, como:

  • Pneumonia,
  • Infecções de pele,
  • Infecções do trato urinário.

A penicilina G é administrada principalmente por via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM) e é rapidamente absorvida pelo corpo, atingindo seu pico de concentração no sangue em cerca de 30 minutos a uma hora após a administração.

Penicilina V

Assim como a penicilina G, a penicilina V pode não ser eficaz contra algumas cepas resistentes de bactérias.

Além disso, pessoas alérgicas à penicilina G também podem apresentar reações alérgicas à penicilina V, embora esses casos sejam relativamente raros.

Ampicilina

A ampicilina é um tipo de penicilina semissintética que possui um espectro de ação mais amplo do que a penicilina G e a penicilina V.

Ela é utilizada no tratamento de diversas infecções bacterianas, incluindo infecções do trato respiratório, infecções do trato urinário, meningite, entre outras.

A ampicilina é administrada por via oral ou por via intravenosa (IV) e é rapidamente absorvida pelo corpo, atingindo seu pico de concentração no sangue em cerca de uma hora após a administração.

Ela é geralmente bem tolerada pelos pacientes, mas pode causar alguns efeitos colaterais, como diarreia, náusea, vômito e reações alérgicas em alguns casos.

Amoxicilina

A amoxicilina é um tipo de penicilina semissintética que possui um espectro de ação semelhante ao da ampicilina, porém com uma absorção mais rápida e melhor biodisponibilidade quando administrada por via oral.

Para que serve a penicilina?

A penicilina é um grupo de antibióticos que é amplamente utilizado no tratamento de infecções bacterianas. A penicilina funciona impedindo o crescimento e a reprodução de bactérias, o que ajuda o sistema imunológico a combater a infecção.

Infecções bacterianas tratadas com penicilina

A penicilina é um grupo de antibióticos eficazes no tratamento de diversas infecções bacterianas. Alguns exemplos de infecções tratadas com penicilina incluem:

  • Amigdalite e faringite bacterianas;
  • Sinusite bacteriana;
  • Pneumonia bacteriana;
  • Infecções de pele, como celulite e impetigo;
  • Infecções do trato urinário, como cistite e pielonefrite;
  • Meningite bacteriana;
  • Febre reumática;
  • Sífilis;
  • Gonorréia.

No entanto, é importante ressaltar que nem todas as infecções bacterianas são sensíveis à penicilina, e algumas cepas bacterianas desenvolveram resistência ao antibiótico ao longo do tempo.

Por isso, é fundamental que o tratamento com penicilina seja prescrito e acompanhado por um médico capacitado, que irá avaliar o tipo de infecção, a sensibilidade da bactéria ao antibiótico e a dose adequada para o paciente.

O uso inadequado de antibióticos pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana e reduzir a eficácia do tratamento.

Efeitos colaterais da penicilina

Embora seja um medicamento eficaz no tratamento de infecções bacterianas, a penicilina pode causar alguns efeitos colaterais em algumas pessoas. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Reações alérgicas, que podem variar de leves a graves, incluindo erupções cutâneas, coceira, inchaço, dificuldade para respirar e anafilaxia;
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Dor abdominal;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Febre e calafrios;
  • Dor e inflamação no local da injeção.

É importante informar o médico imediatamente se ocorrerem sintomas de reação alérgica após a administração de penicilina.

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Nascida e criada em Petrolina-PE, Handreza Hayran é co-fundadora e editora do Foco e Fama. Formada em Computação pela UFRPE, ela também é fã de tecnologia, filmes e séries. Além disso, acredita que histórias bem contadas, são presentes incrivelmente valiosos.