Por algum motivo, o governo chinês pediu à população que estocasse alimentos.
Um comunicado do Ministério do Comércio divulgado na noite de segunda-feira exortou as famílias a “armazenar uma certa quantidade de necessidades básicas para atender às necessidades diárias e emergências”.
Também postada nas redes sociais, esta mensagem foi vista mais de 17 milhões de vezes no Weibo, o equivalente chinês do Twitter, relata a Bloomberg.
Este anúncio do ministério, no entanto, não especifica por que as reservas são necessárias ou se a China enfrentará escassez de alimentos nas próximas semanas.
O governo também apelou às autoridades locais para estabilizarem os preços e garantirem o abastecimento de produtos essenciais.
Por que o país está pedindo a seus cidadãos que armazenem alimentos?
A China está observando um aumento nos casos de coronavírus, o que a preocupa algumas semanas antes das Olimpíadas de Pequim.
Esse aumento é oficialmente incomparável com os observados na Europa: a China e seus 1,4 bilhão de habitantes teriam identificado apenas 71 novos casos diários na terça-feira, após 92 casos na segunda-feira.
Para salvar os Jogos, o país está, portanto, tomando decisões radicais. Pelo menos seis milhões de pessoas foram confinadas, especialmente na grande cidade de Lanzhou, 1.700 quilômetros a oeste de Pequim.
O país contém apenas 8% das terras aráveis do mundo, enquanto abriga 20% da população. Com isso, a China é o país que mais importa alimentos.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em termos de importação global em 2020, o peso da China representa 29% da carne bovina, 48% da carne suína, 60% da soja e 25% da cevada.
Essa dependência oferece novas teorias sobre esse alerta à população.