‘Awake’: você pode realmente morrer por não dormir?

Handreza Hayran
4 Minutos de Leitura
Awake

O filme Awake está literalmente deixando as pessoas sem dormir, e isso tem consequências potencialmente letais.

Estrelado por Gina Rodríguez (de Jane a virgem), Ariana Greenblatt (de Love and Monsters) e Shamier Anderson, o filme de terror conta a história de Jill, uma ex-soldado que perdeu a custódia de seus dois filhos, Noah e Matilda, e que coincide com um evento apocalíptico que faz com que todos os aparelhos elétricos parem de funcionar (primeiro sinal do apocalipse), e também todas as pessoas perdem a capacidade de dormir.

Ninguém, ninguém consegue dormir, exceto Matilda, e isso causa caos, fanatismo e leva Jill a ter que fazer todo o possível para salvar a vida da menina, e encontrar uma forma de recuperar a capacidade de descanso (sem ter que sacrificar a menina e submetê-la a terríveis testes), antes que sintomas como alucinações, exaustão e explosões violentas acabem causando a extinção da humanidade.

Por que em Awake ninguém consegue dormir?

A falta de sono está ligada, no filme, a uma brutal tempestade solar que, se realmente acontecesse, segundo explica a NASA, causaria a queda de todos os sistemas, embora provavelmente não nos deixasse com insônia crônica e letal.

Então, podemos realmente morrer por não dormir?

Provavelmente uma tempestade solar não vai tirar a nossa capacidade de dormir, isso é pura magia da ficção científica, mas o que é possível é morrer por falta de sono, e há uma verdadeira desordem que causa isso.

É a insônia familiar fatal. Um pouco de insônia pode ser frustrante e exaustivo, mas muito pode ser letal e pode até causar alguns dos sintomas que aparecem no filme, felizmente afeta apenas uma pequena porcentagem das pessoas no mundo.

Os relatórios médicos sobre a doença começaram a aparecer na década de 1980, depois que um italiano chamado Silvano foi a neurologistas alegando que morreria em breve e que sabia muito bem como isso iria acontecer.

Silvano não via o futuro, mas viu suas duas irmãs morrerem de uma doença que literalmente roubava o sono delas, e ele estava começando a apresentar os mesmos sintomas que se transformavam em insônia mortal.

A previsão de Silvano acabou se concretizando, e seu caso foi registrado no livro A família que não conseguia dormir: um mistério médico.

A pior parte é que não existe cura conhecida para a doença.

Recorde de privação voluntária de sono

O recorde de privação voluntária de sono é de Randy Gardner, que em 1964 aos 17 anos devido a um projeto de ciências, não dormiu por 264 horas, ou seja, 11 dias seguidos.

O jovem de San Diego, Estados Unidos, foi monitorado por cientistas em seus últimos momentos de vigília.

“Foi uma loucura. Eu não conseguia me lembrar das coisas, era quase como uma doença de Alzheimer precoce causada pela falta de sono”, disse Gardner sobre essa condição.

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Nascida e criada em Petrolina-PE, Handreza Hayran é co-fundadora e editora do Foco e Fama. Formada em Computação pela UFRPE, ela também é fã de tecnologia, filmes e séries. Além disso, acredita que histórias bem contadas, são presentes incrivelmente valiosos.