Um novo exame de sangue pode detectar proteínas “tóxicas” anos antes dos sintomas da doença de Alzheimer aparecerem , de acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
A busca por um teste de diagnóstico confiável para a doença de Alzheimer que possa detectar sinais da doença antes que ocorra o declínio cognitivo é buscada há anos.
Liderado pela Universidade de Washington (Estados Unidos), o trabalho confirma que o exame (ainda em fase de teste) pode ajudar a identificar os indivíduos em risco ou que estão começando a desenvolver a doença e abrir as portas para o desenvolvimento de tratamentos precoces para o mal de Alzheimer.
No artigo publicado ontem (05/12/2022), a equipe da Universidade de Washington descreve um teste de laboratório que pode medir os níveis de beta-amilóide em amostras de sangue.

Sabe-se que na doença de Alzheimer ocorre, entre outras razões, porque as proteínas beta-amilóides se dobram e se aglomeram, formando pequenos agregados chamados oligômeros. Com o tempo, por meio de um processo que os cientistas ainda estão tentando entender, acredita-se que esses oligômeros ‘tóxicos’ de beta-amilóide causem a doença de Alzheimer.
A equipe agora está trabalhando com cientistas da AltPep, uma empresa de biotecnologia derivada da Universidade de Washington, para transformar o SOBA em um teste de diagnóstico para os oligômeros.
Qual a importância do exame que detecta Alzheimer?
De acordo com Valerie Daggett, principal autora do estudo e professora de bioengenharia da Universidade de Washington, se os pacientes forem diagnosticados no início da doença, terão tempo para se preparar e fazer mudanças que possam ajudá-los mais tarde.