A Rússia seguiu em frente com seu plano de banir o Instagram. O jornal Washington Post anunciou que o país fechou o acesso ao serviço em 14 de março como prometido, deixando quase 60 milhões de usuários sem acesso.
Os principais criadores de conteúdo do Instagram disseram a seus seguidores para se juntarem a eles no aplicativo de bate-papo seguro Telegram, que ainda funciona no país e se tornou uma ferramenta vital durante a guerra na Ucrânia, como meio de comunicação.
Não há garantia de que a Rússia reverterá sua posição no Instagram, mesmo que considere aceitável a orientação revisada da Meta. A nação já bloqueou o Facebook e o Twitter e tornou ilegal a publicação de conteúdo que desafie a linha oficial do governo sobre a Ucrânia.
A Rússia ainda vê as mídias sociais ocidentais como uma ameaça, e é improvável que isso mude no futuro próximo.
Veja a reação dos influencers
As redes meta são extremamente populares na Rússia. O Facebook assumiu o canal de comunicação empresarial, o Instagram se tornou a rede social mais utilizada e o WhatsApp conquistou 77 milhões de usuários, quase o dobro do Telegram russo.
A agência russa Interfax, citando fontes do Ministério Público, afirma que qualquer sanção contra o Meta não afetaria o WhatsApp por ser considerado “um meio de comunicação e não uma rede social”.
A empresa americana modificou durante esta fase da guerra suas regras sobre mensagens de ódio, de acordo com e-mails internos enviados pela Meta aos moderadores de conteúdo: “Como resultado da invasão russa da Ucrânia, permitimos temporariamente formas de expressão política que normalmente alteram nossas regras, como discurso violento ou morte aos invasores russos”, explicam os e-mails enviados pelo Meta aos moderadores de conteúdo.
A exceção a essa permissividade são as mensagens contra Putin e Lukashenko.
O número dois da Meta insistiu que “as mudanças da empresa” ocorrem no contexto da invasão russa e “só se aplicarão na própria Ucrânia”, embora inicialmente tenha sido estendida a 12 países (Armênia, Azerbaijão, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia e Ucrânia).
A plataforma de vídeos YouTube, propriedade da Google, também anunciou esta sexta-feira o bloqueio global de canais de televisão financiados pelo Estado russo, como o Russia Today ou o Sputnik. Assim, estende o bloqueio de acesso aos meios de comunicação financiados pelo Kremlin como RT e Sputnik que a UE implementou no dia 1.